A Ética e a Moral
Introdução
É
importante fazermos uma distinção entre ética e moral para que possamos
entender a relação desta ética com a cidadania. Acredita-se que uma esta
ligada a outra, pois a ética é a pratica e a moral é a teoria, assim sendo a
moral que se anuncia tem como objetivo maior o bem estar do cidadão de um
grupo, classe ou nação, porem quando isso não acontece certamente o que se tem
é um abuso da ética.
Ate mesmo
o cristão no seu conceito de submissão a Deus se não atentar para isso sua
atitude não passará de um simples ritual sem sentido.
Desenvolvimento
A importância da ética esta na maneira
com que se respeitam os outros e a dignidade humana, a ética é o que todos temos
porem falta desenvolver e acreditar no bem, a ética nos orienta e nos ajuda
para uma vida boa no sentido do bem para com as pessoas, ajudar, orientar e
pensar em outros para poder ser felizes.
Esse estágio de felicidade está também em
atingir a felicidade do outro individuo.
Desta forma a ética é como uma disciplina que
após ser refletida aprova ou reprova a ação, colocando em pratica se for o
correto,o resultado de todo esse conjunto de regras,e normas resulta no que se
conhece como moral que passa a ser formada em uma sociedade.
O desafio esta na razão que a ética tem
como ponto de partida a liberdade e a dignidade do ser humano,esse
conjunto de regras forma a moral dos indivíduos de uma sociedade quando posto
em pratica, pois a ética é a pratica, e a moral é
a teoria,
Porem há
muitas pessoas que desrespeitam as leis e são de um instinto mal, isto
contraria a boa ética e aquele grupo ou sociedade onde estes indivíduos estão
inseridos passa a ser conhecido como pessoas sem moral.
Outro desafio esta na razão em que a
moral e a ética são temporais, pois, ao longo do tempo vai se modificando,
evoluindo, por que estão abertos a novos conceitos e criticas, desta forma
deve-se perguntar o que era imoral e antético no passado ainda é nos dias atuais?
Para essa pergunta vale entender que a
verdadeira ética condena a moral opressora, Segundo E. Dussel, apresentado no
texto, existe uma relação entre a ética e os hábitos ou costumes assim
existem uma moral para cada grupo, comunidade ou nação. “Porem vale afirmar que
os princípios morais têm como característica a unanimidade onde os valores são
aceitos por todos”.
Já os
princípios éticos que visão a liberdade do oprimido permanece em todas as
épocas são princípios que não perderam seu caráter histórico e concreto.
Abuso da
ética
Esse perigo se da quando a ética moral é
apenas de fachada, preceitos que por trás vem favorecer somente um individuo ou
classe, na maioria das vezes a burguesia, e com o aumento de aceitação em
princípios onde na verdade é antiéticos porem prevalece por estarem firmados em
palavras mentirosas que cada vez mais oprime as classes menos favorecida. Assim
vemos uma cidadania que acredita numa ética mascarada, que não traz os
verdadeiros princípios da ética moral.
Como uma avalanche, ou uma inflação que
vem aumentando a cada vez mais levando as pessoas a correrem para manter-se um
status mediante uma sociedade consumista onde a moral é ter e fazer parte de
grupos e movimentos, mesmos que estes tenham que ferirem outros para se
sobressaírem.
Se a ética é feita através do corpo, os
hábitos deste corpo ira ditar as regras e padrão para se destacar, travando uma
luta com outros corpos destruindo um ao outro, a ética precisa estar em harmonia
com a educação da cidadania.
...
Por isso, o corpo precisa também libertar-se de seus hábitos, para que comece a
viver junto de outros corpos, visualizando novas possibilidades habituais:
novos hábitos educacionais, políticos, sociais, econômicos, políticos. Estudar
ética é, radicalmente falando, estudar os hábitos dos corpos.
O
que são os hábitos? São aqueles traços repetitivos de nossas ações ou de nosso
modo de estar num certo lugar. Por serem repetitivos, são chamados de hábitos e
indicam certa característica nossa – um
caráter. Deste modo, tiremos a conclusão: moral são os hábitos ou costumes
que venceram. São os hábitos ou costumes que alcançaram unanimidade, aceitação
coletiva, que identificam determinados grupos e suas ações. Dentre os hábitos
produzidos, instituídos há aqueles que serão objeto de um consenso, de uma
aceitação geral – por meio do convencimento, da força, da violência, da
tradição (não importa aqui). Os hábitos que venceram passaram a dominar.
Se os hábitos repetitivos tornam conhecidos
como caráter, mediante a aceitação da maioria, temos então um desafio ainda
maior, pois se os hábitos que eram conhecidos pelas famílias dos tempos antigos
como preceitos de caráter e valor moral e que agora estão sendo esquecido pela
maioria isso passa ser aceito, visto que a moral são os hábitos que vencem.
Desta
forma uma vez que nos aderimos aos hábitos da maioria, mesmo que isso venha a
ferir outros, passamos a formar nosso caráter, é preciso ter conhecimento que a
verdadeira ética condena a moral opressora.
Conclusão
Todo ser humano é influenciado pela
cultura que ele esta inserido quer de
sua nação, grupos de trabalhos, classe fé que ele participa, e tudo isso
o leva a formar um caráter que ele passará a ser conhecido,na maioria das vezes
o consumismo passa a ser o ditador de seu caráter uma vez que ele adquire algo
ou faz opção por determinado produto ou local para adquirir ou freqüentar, tudo
isso o leva a criar uma cultura de vida que por fim passa a ser o seu caráter,
fazendo dele uma pessoa de moral incontestável ou não dependendo de suas ações.
Uma vez que a permanência continua de
hábitos leva a formação de um caráter, se os modelos da atual sociedade são os
heróis fictícios da TV os quais se apresentam com uma identidade de “vitorioso”,
uma vez que pessoas não se encontraram, ou melhor, não formaram ainda uma
identidade própria ou não formou ainda hábitos que produzirá nela um caráter, irão
recorrer a esses heróis.
A verdade é que cada vez mais teremos
pessoas e pior, famílias, classes e grupos buscando se identificar com meros
personagens, visto que os modelos que os filhos desejam ser não são mais os
pais e sim aquilo que esta em evidencia na sua cultura, isto acredita-se que
pelo fato da globalização que vivemos.
No conceito do cristianismo que tem como
base a ética na submissão divina faz-se necessário o olhar para os fragilizados
e oprimidos, pois não pode se prender a
hábitos que demonstra submissão a divindade e oprimir o ser humano feito sua
imagem e semelhança, seria uma falta de ética e imoral pois estaríamos deixando
de exercer a cidadania, transgredindo a própria lei de seu deus vivendo de
fachada.
Fontes:
_ RICOEUR, Paul. O si-mesmo como um
outro. Trad. Lucy Moreira Cesar. Campinas,
Papirus, 1991.
_ IMBERT, Francis. A questão da ética no
campo educativo. Trad. Guilherme J. F.
Teixeira. Petrópolis, Vozes, 2001.
_ IANNI, Octavio, A ditadura do grande capital. Rio
de Janeiro, Civilização Brasileira, 1981.